Na hora de colocar sua estratégia de investimentos em prática, não é preciso se limitar às oportunidades com exposição ao mercado nacional. Também é possível se expor ao mercado americano por meio de diferentes investimentos disponíveis no Brasil.

Dessa forma, há chances de aproveitar diferentes vantagens para a sua carteira, desde a diversificação à dolarização. Porém, é necessário saber quais são as alternativas disponíveis e como aproveitá-las em sua estratégia.

Neste artigo, você entenderá como funciona o mercado financeiro americano e saberá como se expor a ele de maneira prática — e sem precisar sair do Brasil. Confira!

Como é composto o mercado de capitais dos EUA?

Antes de aprender sobre o investimento nos Estados Unidos é interessante compreender como o seu mercado funciona. Para tanto, vale conhecer alguns nomes relevantes nesse universo, como o FED (Federal Reserve System) e o FOMC (Federal Open Market Committee).

O FED é o banco central dos Estados Unidos — semelhante ao Banco Central do Brasil (Bacen). Já o FOMC, que pode ser traduzido como Comitê Federal de Mercado Aberto, faz parte do FED. Na prática, ele tem como objetivo estabelecer a política monetária dos EUA e fiscalizar operações de mercado aberto do país.

Assim, o FOMC funciona de maneira semelhante ao Copom (Comitê de Política Monetária) do Brasil — responsável pela definição da taxa Selic, entre outras funções. Portanto, ele tem um papel importante no desenvolvimento econômico dos Estados Unidos.

Na sequência, você também conhecerá alguns outros termos relevantes do mercado de capitais dos EUA, como o nome das principais bolsas norte-americanas. Então continue conosco para saber mais e entenda quais são as oportunidades disponíveis para investir nesse mercado!

Renda fixa

Na renda fixa, o destaque do mercado americano fica para os bonds. Esses são títulos de dívidas que oferecem o pagamento de juros mediante condições que são conhecidas previamente. Assim como no Brasil, existem dois tipos principais: os títulos públicos e os privados.

Os Treasury Bonds são emitidos pelo Tesouro Americano e representam dívidas do Governo. Já os Corporate Bonds são emitidos por empresas de capital aberto. Ainda há outras subclassificações, de acordo com o emissor das aplicações.

Renda variável

Na renda variável, também é possível encontrar diversas alternativas para investir no mercado financeiro dos Estados Unidos. Na bolsa de valores, por exemplo, você pode fazer aportes em ações de pequenas, médias e grandes empresas.

Também existem outras oportunidades, como fundos de índice (ETFs) de diversos segmentos. Vale notar que, no mercado americano, estão duas das maiores bolsas de valores do mundo: a bolsa de Nova Iorque (NYSE) e a Nasdaq.

Outra possibilidade é investir no setor imobiliário dos EUA. No mercado de capitais, isso é feito por meio dos REITs (real estate investment trusts). Eles funcionam como empresas que investem, prioritariamente, em imóveis físicos e realizam sua administração — semelhante aos fundos imobiliários negociados na bolsa de valores brasileira (B3).

Além disso, o mercado americano permite realizar negociações com contratos de derivativos. Por meio do mercado futuro ou de opções, por exemplo, é possível utilizar esses instrumentos financeiros para especular ou fazer hedge do portfólio.

Quais as vantagens de investir no mercado dos EUA?

Agora que você entende a composição do mercado financeiro americano, vale a pena compreender por que aproveitar esse tipo de oportunidade. Um dos benefícios de investir nos EUA inclui a diversificação de carteira.

Isso acontece porque o mercado internacional e o mercado nacional são descorrelacionados. Ou seja, eles normalmente se comportam de formas diferentes diante de um mesmo cenário.

Logo, uma crise política ou econômica no Brasil tende a não afetar os investimentos com exposição ao exterior. Assim, não há concentração de recursos em uma única economia — o que ajuda a pulverizar os riscos. Essa também é uma forma de obter exposição e proteção cambial, já que parte da sua carteira estará dolarizada.

Ademais, investir no mercado americano permite aproveitar oportunidades exclusivas do país. Essa pode ser uma forma de participar dos resultados de grandes empresas ou de explorar o avanço de um setor econômico do país, por exemplo.

Como investir no mercado americano?

Além de saber por que pode ser interessante investir no mercado dos EUA, é necessário aprender como alcançar essa meta. Como existem diversas alternativas disponíveis, há como escolher aquela que faz mais sentido para o seu perfil de investidor e seus objetivos financeiros.

Uma das formas de fazer isso é por meio do investimento direto, realizado no próprio mercado, como ao negociar em uma bolsa de valores dos Estados Unidos, por exemplo. Para tanto, é preciso abrir conta em uma corretora americana e seguir as regras específicas do país.

Ainda, você deverá converter o dinheiro em reais e fazer remessas internacionais para realizar os aportes. Com isso, o processo se torna mais burocrático. Ademais, sua capacidade de investimento se torna menor, devido à conversão cambial.

No entanto, também é possível recorrer ao investimento indireto — de forma simples e muito mais acessível. A seguir, confira quais são as principais opções para investir nos Estados Unidos sem sair do Brasil!

Fundos internacionais

Uma das alternativas para se expor ao mercado norte-americano é por meio da compra de cotas de um fundo internacional. Esse é um tipo de fundo de investimento que aloca a maior parte dos recursos em ativos ligados ao mercado externo.

Já a movimentação do dinheiro é feita por meio de uma gestão profissional, conforme a estratégia do fundo. Antes de investir, entretanto, é necessário conferir a estratégia do veículo financeiro, que pode ser mais ou menos arrojada.

Vale destacar que os fundos internacionais ficam disponíveis nas plataformas de investimentos da instituição financeira. Por isso, é preciso escolher uma corretora de valores com um portfólio amplo e que possa ajudá-lo a encontrar o fundo ideal para sua estratégia.

ETFs

Outra possibilidade para investir no mercado americano de modo indireto envolve os fundos de índice (ETFs). Nesse caso, o objetivo do fundo é replicar a carteira teórica de um indicador de mercado. Então, antes de taxas e impostos, o resultado do ETF é equivalente ao do indicador.

Um fundo de índice baseado no S&P 500, por exemplo, terá uma performance equiparada ao índice composto pelas 500 ações norte-americanas mais negociadas do mercado.

As cotas dos ETFs ficam disponíveis na B3, a bolsa de valores brasileira. Logo, o investimento é feito em reais, por meio do home broker da sua instituição financeira, trazendo praticidade ao investidor.

BDRs

Já os certificados de depósito de valores mobiliários (BDRs) são investimentos lastreados em um ativo internacional. Eles também são negociados na B3 e podem ser de ETFs, ações ou bonds, por exemplo.

Ao investir em um BDR, portanto, você passa a ter direito a participar dos resultados gerados pelo investimento internacional. Se você investir em um BDR de uma ação dos EUA e ela distribuir dividendos, será possível obter esses proventos.

Conseguiu entender como e por que investir no mercado americano? Com essas informações, fica mais fácil avaliar se a estratégia é adequada para a sua carteira. Em caso positivo, você pode realizar os aportes sem sair do Brasil — o que pode tornar o processo mais prático e conveniente.

As informações foram úteis? Aproveite para saber mais sobre o mercado e os investimentos disponíveis ao entrar em contato conosco da Messem Investimentos!