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Cenário da semana: alta do índice de preço de consumo pessoal (PCE) nos Estados Unidos e o resultado do PIB no Brasil

A agenda econômica dessa semana segue com grande relevância e inicia na segunda-feira (04/03) com a divulgação do índice de gerentes de compras (PMI) de serviços/composto Caixin na China.

Na terça-feira (05/03), é a vez do índice de preços ao produtor (PPI) no Brasil; e nos Estados Unidos, a publicação do índice de gerentes de compras (PMI) de Serviços/Composto S&P Global e do relatório de encomendas à indústria.

Na quarta-feira (06/03), também no cenário norte-americano, ocorre a publicação da variação do emprego privado ADP e das ofertas de emprego JOLTs.

Na quinta-feira (07/03), a China e os Estados Unidos divulgam a balança comercial, além da Zona do Euro trazer a decisão sobre a taxa de juros do BCE (Banco Central Europeu).

Na sexta-feira (08/03), ocorre a divulgação do Payroll no Estados Unidos e também do índice de preços ao consumidor e ao produtor (CPI e PPI) na China, principais indicadores da semana.

Cenário internacional: Estados Unidos

O índice de preço de consumo pessoal (PCE), principal indicador da inflação nos Estados Unidos, apresentou alta de +0,3% em janeiro/dezembro e alta na base anual de +2,4%, mantendo-se em linha com as expectativas. O Núcleo do PCE, que exclui bens voláteis como energia e alimentos, também teve uma alta de +0,4% em janeiro/dezembro e fechou com um crescimento de +2,8% na base anual (expectativas em linha).

Ainda sobre o PCE, em relação a janeiro do último ano, os preços dos serviços e alimentos registraram altas de +3,9% e +1,4%, enquanto os preços de energia tiveram uma deflação de -4,9%. A renda pessoal superou as expectativas e teve uma alta de +1% em janeiro, ante +0,3% em dezembro. Segundo o CME Group, a probabilidade para corte de juros em junho está em 56,8%, as previsões para início do ciclo antes dessa data são baixas.

Cenário doméstico

O resultado do PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil em 2023 mostrou um crescimento de +2,9%, totalizando R$ 10,9 trilhões. Entre os países do G20, o Brasil teve um crescimento maior que os Estados Unidos e que a França, mas ficou atrás de economias como a China e a Índia. Os principais destaques foram: agropecuária, consumo das famílias e exportações; entretanto, o setor dos investimentos teve uma queda de -3,0%.

A curva de juros encerrou a semana em queda e em linha com o rendimento dos treasuries. Por sua vez, o IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo de 15 dias) teve uma alta de +0,78%, ante alta de +0,31% registrado em janeiro (expectativa +0,82%). Já neste ano, o índice acumula alta de +1,09% e, nos últimos doze meses, alta de +4,49%.

O índice de difusão teve uma queda em fevereiro e ficou em 60,5%, ante 67% fixado em janeiro. Por outro lado, o índice de difusão que exclui alimentos sobe para 64,4% em fevereiro, ante 62,9% de janeiro. O dólar encerrou a semana cotado a R$ 4,9547, com uma queda de -0,40% na semana e alta de +2,47% no ano.

Quebrando com uma sequência de altas recentes, o índice Ibovespa fechou em queda de -0,31% na última semana e -3,73% no ano. Como drivers importantes estão os dados macroeconômicos dos Estados Unidos e do Brasil e a fala do presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, sobre a distribuição de dividendos da estatal ser mais cautelosa.