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Cenário da Semana: diretor de política monetária do FED tem falas conservadoras sobre a inflação nos EUA

A agenda econômica ganha relevância a partir de quarta-feira (24), com o Índice de Gerentes de Compras (PMI) de serviços, industrial e composto norte-americano. 

Na quinta-feira (25), destaque para a confiança no consumidor no Brasil, a decisão sobre a taxa de juros do Banco Central Europeu (BCE) na Zona do Euro e o crescimento trimestral do PIB nos Estados Unidos. 

Na sexta-feira (26), no Brasil, será divulgado o Índice de Preços ao Consumidor da primeira quinzena de janeiro (IPCA-15). Já nos Estados Unidos, o destaque fica para o Núcleo do Índice de Preços para Gastos de Consumo Pessoal (PCE), além de renda e gastos pessoais, indicadores relevantes para a condução da política monetária americana. 

Cenário internacional: Estados Unidos e a redução da expectativa de flexibilização da taxa de juros

As recentes falas contracionistas de Christopher Waller, diretor de política monetária do Fed, movimentaram o mercado. O economista reforçou sobre a redução da expectativa de flexibilização da taxa de juros. De acordo com o CME Group, a probabilidade de corte da inflação para março, que antes era de 68.1%, está em 44.3%. 

A produção industrial teve alta de 0,1% em dezembro ante novembro, ficando além dos -0,1% previstos. A taxa de utilização da capacidade instalada das fábricas manteve-se em 78,6%. Além disso, o CPI (Índice de Preços ao Consumidor) e o Payroll (índice que mede o número de vagas de trabalho do setor privado não agrícola) também mostraram resiliência ficando acima das expectativas. 

Cenário internacional: a China e o temor da desaceleração econômica

A China teve um crescimento de 5,2% do PIB, além dos 5% que eram previstos. As vendas do varejo tiveram uma alta de 7,2%, abaixo da expectativa de 8%. O CPI (Índice de Preços ao Consumidor) de dezembro também apresentou deflação, elevando ainda mais o temor de desaceleração econômica. Os investidores aguardam medidas de incentivo do governo chinês.   

Cenário Doméstico: os impactos das falas do dirigente do Fed na curva de juros

Fonte: Valor PRO (2023)

Com as declarações do dirigente do Fed e os dados macroeconômicos mostrando a resiliência da economia americana, a curva de juros encerrou a semana em alta e em linha com os rendimentos dos treasuries. O dólar é cotado em R$ 4,96, com uma valorização de 2,1% no mês de janeiro. Em consequência disso, o índice Ibovespa acumula uma queda média de -4,70% no mês.

Fonte: Valor PRO (2023)