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Alta de preços no mercado: entenda os efeitos da inflação no orçamento familiar

Perceber uma alta de preços no mercado e em outros custos do cotidiano tem se tornado comum para os brasileiros. O motivo para isso está na inflação do país — que registrou sucessivas elevações desde 2020.

Nesse sentido, o aumento no preço de produtos nas prateleiras do supermercado, por exemplo, desempenha uma influência direta no custo de vida da população. Ou seja, as famílias precisam lidar com uma redução no seu poder de compra e, consequentemente, encontrar soluções em seu orçamento para contornar o cenário.

Quer saber como se proteger? Neste artigo, você entenderá mais sobre a inflação e descobrirá como a alta de preços no mercado pode impactar as suas finanças. Além disso, você também conhecerá alternativas de investimento que podem proteger o seu dinheiro.

Acompanhe a leitura!

O que é inflação?

Antes de entender mais sobre os impactos no seu orçamento, é interessante alcançar uma melhor compreensão sobre o conceito de inflação. Afinal, embora ela esteja presente no cotidiano da população, é comum encontrar pessoas com dúvidas sobre o seu real significado.

Assim, a inflação representa a elevação contínua e generalizada nos preços de serviços, produtos e bens disponíveis no mercado. Desse modo, ela é uma das principais responsáveis por gerar perdas no poder de compra da população.

Em um primeiro momento, pode ser natural que você a entenda como um elemento negativo em seu cotidiano. Porém, a inflação não é sempre ruim. Quando ela existe, mas está sob controle, costuma ser um dos indicativos de que a economia do país está aquecida.

Em contrapartida, a falta de administração eficiente sobre a alta nos preços pode gerar consequências negativas e até levar a um cenário de hiperinflação. O Brasil viveu essa realidade entre os anos de 1980 e 1990 — antes da implementação do Plano Real.

Em nosso país, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é o indicador oficial da inflação. Ele monitora uma cesta de produtos, bens e serviços nas principais metrópoles brasileiras e determina a porcentagem de variação a partir da média ponderada entre eles.

Por que os preços no supermercado têm aumentado?

Ao final de 2021, o IPCA registrou um acúmulo de 10,06% durante todo o ano. Esse foi um dos maiores números já apontados pelo índice desde o início do Plano Real — e superou o teto da meta estipulada pelo Banco Central (Bacen).

Nesse sentido, é importante lembrar que existem diversos produtos na cesta que o IPCA monitora. Entre eles estão itens básicos de mercados e também outros serviços — como os gastos com saúde e educação.

Com isso, a alta de um item em particular pode gerar um aumento na média ponderada do indicador oficial da inflação. Para o biênio 2020-2021, os itens de alimentação estiveram entre os principais responsáveis pelas altas do IPCA.

Dados da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) mostram que o  preço dos alimentos atingiu um de seus maiores patamares nesse período. O indicador do órgão acompanha o comércio global de commodities agrícolas.

A mudança nos custos de importação e exportação pode ser um fator que contribui para a elevação nos preços dos alimentos. Além disso, é importante se lembrar do aumento da cotação dos barris de petróleo — que também encarece o comércio global.

Outro ponto de destaque está na desvalorização do real perante moedas mais fortes. O dólar norte-americano, por exemplo, atingiu números históricos entre 2020 e 2021. Esse fator também colabora para o aumento nos preços dos itens do supermercado e de outros produtos fora das prateleiras.

Como a alta dos preços no mercado impacta o orçamento familiar?

Agora que você entendeu o que é a inflação e o que contribuiu para o aumento nos preços do mercado, é importante saber como esse cenário impacta seu orçamento familiar.

Confira!

Diminuição do poder de compra

O primeiro ponto que merece destaque é a diminuição no poder de compra. Como os produtos do mercado estão ficando mais caros, você precisa destinar uma parcela maior do orçamento para realizar a compra dos mesmos produtos que adquiria em outros períodos.

À vista disso, é comum que muitas pessoas busquem novos hábitos de consumo e substituam suas marcas preferidas por outros itens. Essa é uma forma de encontrar soluções para aliviar os impactos do encarecimento dos produtos em seu planejamento financeiro.

Influência na rentabilidade real dos investimentos

Além dos custos do dia a dia, a inflação pode impactar os resultados dos seus investimentos no mercado financeiro. Para entender melhor esse aspecto, você precisa saber a diferença entre a rentabilidade nominal e a rentabilidade real da sua carteira de investimentos.

A rentabilidade nominal refere-se aos seus ganhos. Por exemplo, se você investiu R$ 10 mil em um título de renda fixa e, após um ano, resgatou R$ 11 mil, significa que você teve 10% de retorno a partir dessa aplicação. Essa é sua rentabilidade nominal.

Para a rentabilidade real, você precisa contextualizar essa porcentagem com a inflação. Então, se durante esse mesmo ano, o IPCA tiver registrado um acúmulo de 15%, a rentabilidade real será negativa. Ou seja, seus ganhos não foram suficientes para preservar ou ampliar o poder de compra.

Como se proteger das altas dos preços com investimentos?

Como você viu, a alta dos preços do mercado impacta seu orçamento familiar e seus resultados no mercado financeiro. Por isso, vale saber como você pode preservar o poder de comprar a partir de seus investimentos.

Fazer investimentos atrelados à inflação é uma das principais alternativas para garantir essa proteção diante da inflação. O Tesouro IPCA, por exemplo, é um título de renda fixa que rende de acordo com o IPCA e adiciona uma porcentagem prefixada. Dessa forma, ele garante rentabilidade real positiva no vencimento.

Outra possibilidade são os fundos de inflação. Eles consistem em veículos coletivos que compõem o portfólio com títulos atrelados a indicadores de variações de preços. Assim, eles também podem preservar seu poder de compra.

Por fim, é interessante considerar alternativas atreladas à taxa Selic — que funciona como um mecanismo de controle da inflação. Desse modo, investir em títulos que rendem de acordo com ela pode ser uma forma de aliviar os impactos das altas do mercado no seu orçamento.

Como vimos, as mudanças de preços nos itens do mercado impactam o seu planejamento financeiro. Por isso, é importante saber quais cenários podem levar a essa alta e como seus investimentos podem funcionar para proteger seu poder de compra.

Quer saber mais sobre a economia global e os reflexos dela no seu orçamento? Entenda como o mercado norte-americano influencia no Brasil!