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Fundo Multimercado: entenda o que é e saiba como diversificar sua carteira com praticidade

O mercado financeiro é cíclico. Em um momento, podemos ver os juros das aplicações de renda fixa em baixa e, com isso, investimentos de renda variável tendem a ganhar popularidade. Quando os juros aumentam ou quando a Bolsa passa por momentos difíceis, o movimento contrário acontece e títulos de renda fixa ganham popularidade. 

Para se preparar para o maior número possível de cenários, a melhor solução possível é sempre montar uma carteira de investimentos diversificada. No entanto, distribuir o seu capital entre diversas aplicações diferentes pode ser muito trabalhoso e, também, custar muito dinheiro. 

Os fundos de investimentos surgem como uma das soluções mais procuradas para aqueles investidores que buscam diversificar seu portfólio de forma menos custosa e mais prática. Essa modalidade de investimentos coletivos ainda oferece ao investidor a vantagem de contar com a gestão especializada de profissionais do mercado. 

Entre os diversos tipos de fundos disponíveis no mercado hoje, um deles se destaca por conseguir ‘navegar’ pelos momentos de maior volatilidade do mercado com maior taxa de sucesso. Esses são os fundos multimercados

O que são fundos multimercados? 

Como o próprio nome já diz, esses são fundos que alocam o capital gerido em uma maior variedade de ativos. Diferente de fundos de renda fixa ou fundos de ações, os fundos multimercados não ficam presos a uma classe de ativos, o que os torna fundos com grande flexibilidade. 

“A classe de fundos multimercados, por regulamentação, é a que tem mais liberdade nas alocações”, aponta Mariana Pólvora, especialista em fundos de investimentos na área de Produtos e Alocação da Messem Investimentos.  

Em um fundo de ações ou fundos de renda fixa, todos os ativos no portfólio estão – de alguma forma – expostos a riscos semelhantes. Nos fundos multimercados, como o capital está distribuído em diferentes classes de ativos, expõe-se a diversos fatores de risco distintos. 

Assim como qualquer outro fundo de investimentos, os multimercados são uma modalidade de investimento coletivo. O diferencial nesse caso é que, além de mesclar entre ativos de renda fixa e renda variável, os gestores também podem investir em câmbio, commodities e até mesmo derivativos, tanto no mercado doméstico quanto no exterior. 

Essa exposição em derivativos, por exemplo, é um fator que torna os fundos multimercados especiais dentro do mercado financeiro. A partir deles, o gestor pode montar estruturas de proteção ou de alavancagem, de acordo com a temperatura do mercado, variando a composição do fundo e no nível de exposição ao risco de acordo com a leitura feita pelo gestor e sua equipe. 

“Dessa forma, um multimercado que atua no mercado de ações consegue fazer operações de proteção para momentos de queda ou até reduzir posições de risco em níveis que os fundos de ações não podem por conta do regulamento”, explica Mariana. “Se fizermos uma média dos riscos dos fundos de cada classe, acredito que os multimercados ficaram no ‘meio-termo’”. 

Tipos de fundos multimercados

Para entender como os fundos multimercados chegaram a um lugar de destaque no mercado hoje, precisamos primeiro entender que existem algumas categorias de fundos multimercados. Para tornar o entendimento dos fundos mais simples e a classificação mais objetiva, a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) criou três níveis de classificação: classe de ativos (CVM 555/14), categoria e subcategoria. 

Fonte: Anbima

“Nesse momento, os multimercados que estão em destaque são os fundos Macro, principalmente aqueles com posições relacionadas aos juros em diferentes regiões”, aponta Mariana. “Os gestores entendiam que os bancos centrais aumentariam os juros por conta de uma inflação acelerada, cenário que acabou se confirmando”. 

Esses fundos Macro, por exemplo, são uma das subcategorias dentro da categoria Estratégia, tem como característica uma alocação baseada no cenário macroeconômico nacional e internacional. O papel do gestor de um fundo Macro é entender a direção em que as economias estão andando para estabelecer as posições tomadas. 

Além dos fundos Macro, que estão em alta, os fundos multimercados costumam se destacar em cenários de volatilidade por conta a possibilidade de assumir posições compradas e vendidas. A partir dessa capacidade de operar em diferentes mercados com diferentes posições que os multimercados consigam limitar os riscos em que o fundo se expõe. 

Como escolher um fundo multimercado? 

“Assim como em outras classes de fundos, entendo que o principal ponto de atenção para os multimercados deve ser quem está fazendo a gestão”, afirma Mariana. Por isso, o primeiro ponto a analisar em fundo é justamente a sua gestora e o histórico da equipe por traz destes fundos. “Além disso, é importante entender qual das diversas estratégias o fundo utiliza e se ela está aderente ao seu perfil de investidor”, complementa. 

Fundos multimercados, por sua natureza mais flexível, podem apresentar riscos baixíssimos, muitas vezes menores que aqueles encontrados em fundos de renda fixa. Ao mesmo tempo, no entanto, alguns fundos com perfil mais arrojado podem ter riscos maiores do que fundos de ações. O risco também não se limita somente à volatilidade dos fundos. 

“É interessante analisar volatilidade do fundo, como um indicador de risco, mas não de forma isolada. Existem ativos que não apresentam volatilidade, mas apresentam outros tipos de risco como de crédito ou de liquidez”, aponta Mariana. 

Escolha fundo de uma gestora com credibilidade no mercado e que se encaixe nas necessidades da sua carteira de investimentos.  Um outro indicador que pode lhe ajudar na busca por um fundo de investimentos é o índice de Sharpe, que calcula a relação entre o risco e o potencial de retorno em fundos de investimentos. 

Ao analisar um fundo, é importante ter um equilíbrio entre a análise qualitativa e a análise quantitativa, entender como a gestora do fundo atua durante os diferentes momentos do mercado é tão importante quando o histórico de rendimentos do fundo. 

Caso não se sinta seguro para fazer essa análise por conta própria, não hesite em buscar a ajuda de um assessor de investimentos, que não medirá esforços para te ajudar a achar o produto certo para você. 

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