Investir é uma atividade que demanda estudo. Esse estudo vai, inclusive, além do conhecimento de conceitos básicos de economia. 

Se você deseja investir em ações de uma empresa ou, ainda, em um título de crédito privado, é essencial saber quem está emitindo esses ativos. Por isso, o mercado está sempre atento à divulgação de balanços corporativos, fatos relevantes, comunicados e outras informações que podem ser importantes para os investidores. 

No texto de hoje do Blog Messem, vamos te ensinar o que cada coisa significa dentro de um balanço corporativo e como você pode usar essas informações para investir melhor. Confira! 

O que é um balanço? 

Um balanço corporativo nada mais é do que um relatório financeiro que detalha a atual situação de uma empresa. Nele, constam informações como receitas, lucros, nível de endividamento e patrimônio da companhia. 

A partir do balanço, podemos avaliar a saúde financeira de uma empresa e entender como ela está preparada para cumprir com suas obrigações e performar no futuro. Não é difícil, portanto, entender a importância destes relatórios para quem investe em ações. 

O preço das ações e o valor de mercado de uma empresa são, afinal, diretamente influenciados pela performance de uma empresa. Por determinação, todas as empresas de capital aberto no Brasil têm a obrigação de divulgar um balanço corporativo trimestralmente. 

Receita 

A receita representa o capital obtido por uma empresa em troca de seus produtos ou serviços ao longo do período em análise. Para uma varejista, por exemplo, as receitas representam o volume de vendas nas suas unidades durante um trimestre. 

No balanço de uma empresa, a receita bruta diz respeito a toda entrada de capital oriundo das suas vendas. A receita líquida, por outro lado, corresponde ao volume de vendas após as devidas deduções tributárias. 

Lucro 

O lucro é o objetivo de toda empresa. Ele representa as receitas de uma empresa subtraídas pelos custos operacionais que foram necessários para que a companhia funcionasse ao longo do período analisado. 

Assim como a receita, o lucro bruto é o resultado ‘cru’. Ele é calculado usando como referência a receita e os custos que estão diretamente relacionados à produção ou prestação dos serviços, ignorando custos variáveis. 

O lucro bruto também pode ser mencionado como ‘lucro de vendas’ ou ‘lucro operacional de vendas’ em balanços de empresas. 

Já o lucro líquido leva em consideração todos os custos envolvidos com o funcionamento da empresa. Leva-se em consideração, custos para manutenção de escritórios, capital investido em melhorias ou outras operações, etc. 

Ebitda 

Menos intuitivo do que os dois termos anteriores, o Ebitda é um dos termos que mais aparecem nos noticiários durante as temporadas de balanços do mundo corporativo. A sigla vem do inglês para ‘lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização’. Em alguns locais, você talvez encontre o Ebitda mencionado como ‘LAJIDA’. 

O Ebitda, desta forma, retira da equação os custos que não estão diretamente ligados ao funcionamento das operações. No mercado, é um dado muito usado para conseguir mensurar a capacidade de geração de caixa de uma companhia. 

A margem Ebitda é um indicador muito interessante para colocar no papel o potencial de crescimento de empresas. Uma empresa jovem, por exemplo, que ainda está pagando juros de algum crédito necessário para iniciar as operações, pode não ter o mesmo lucro líquido que uma empresa com mais tempo no mercado. 

Com esta métrica, no entanto, é possível analisar o potencial de rentabilidade que uma empresa tem. É ainda um importante indicador para fazer comparações diretas entre empresas do mesmo setor, pois pode mostrar o nível de eficiência de cada uma na sua geração de caixa. 

Patrimônio 

Em um balanço, o patrimônio representa tudo aquilo que uma empresa detém. Diferente do que muitos imaginam, no entanto, o patrimônio não é apenas o saldo de propriedade ou outros bens sob posse de uma companhia. 

No balanço patrimonial, conta-se aquilo que uma empresa possui e também o que ela deve. O patrimônio de uma companhia é composto por duas partes: ativos e passivos. 

Ativos são aqueles valores que impactam positivamente o patrimônio da empresa, são bens e direitos em posse da companhia ou a receber. Quando levamos em consideração apenas os ativos de uma companhia, temos o seu patrimônio bruto. 

Quando fazemos um cálculo de subtração de ativos menos passivos, chegamos ao patrimônio líquido de uma empresa. Este número representa o valor real de uma companhia, pois faz um balanço entre tudo que ela tem com tudo que ela deve. 

Dívida 

Ter passivos faz parte da trajetória de qualquer empresa. Quando falamos em dívidas, é importante citar que nem sempre isso é algo negativo. Um crédito tomado para investir nos negócios, por exemplo, é uma dívida, o importante é entender se as cifras e os termos desta dívida se encaixam no perfil da companhia. 

As dívidas podem ser tomadas com diferentes credores, sejam eles o governo (como em dívidas tributárias), instituições financeiras, funcionários ou fornecedores. Cada dívida deve ser analisada individualmente e será lida pelo mercado de acordo com sua natureza. 

O custo dos juros, a data de expiração de um passivo são cruciais para entender como a empresa está estruturada para continuar operando e qual o potencial de crescimento da companhia. 

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