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Como proteger seu patrimônio investindo na inflação brasileira

Na semana anterior, nós abordamos neste blog os títulos públicos federais, que podem ser uma ótima alternativa de proteção e diversificação da sua carteira. Entre as diversas opções, estão os investimentos em IPCA, a nossa taxa inflacionária oficial. 

A inflação brasileira é um indicador que faz uma média da variação de custos dos mais diversos serviços e categorias de produtos brasileiros, desde materiais de construção a alimentos da prateleira de supermercados. Quando está muito alta, porém, pode representar um momento econômico desfavorável. 

O IPCA, porém, pode ser uma alternativa viável de proteção da sua carteira, além de ser uma exposição importante para todos os perfis de investidor, incluindo aquele mais agressivo e com investimentos altos em produtos mais voláteis. 

Abaixo, confira como funciona obter uma exposição no IPCA e entenda por que esse pode ser um momento favorável para começar a investir. 

Exposição em IPCA: o que significa? 

Se expor em IPCA é uma forma eficiente de proteção dos seus recursos presentes no Brasil da desvalorização do dinheiro. Naturalmente, com a variação positiva da inflação oficial do país, seu patrimônio, quando parado, desvaloriza em relação ao indicador geral dos preços. Ao investir em produtos que levam em consideração o indicador da inflação, você consegue garantir que seu poder de compra permaneça o mesmo. 

No Brasil, a realidade é de uma inflação mais alta quando comparada com as últimas quatro décadas nos Estados Unidos e Europa. Por isso, a proteção de seus recursos em frente a uma desvalorização real é fundamental para uma carteira saudável. 

Por se tratar de uma proteção em relação a desvalorização do patrimônio, investir em IPCA pode ser comparado com a dolarização de sua carteira. Afinal, o objetivo é se blindar da desvalorização do seu dinheiro, e, no caso de ativos que oferecem um bônus prefixado além do IPCA, buscar um rendimento real. 

Quais são os produtos disponíveis no mercado? 

Existem três principais tipos de produtos que levam a taxa inflacionária oficial como parâmetro: títulos públicos emitidos pelo Tesouro Direto, ativos bancários e os ativos de crédito privado. Cada um contando com estratégias diferentes de investimento. 

Considerando os títulos públicos federais, existem títulos híbridos que levam a inflação como parâmetro. É o caso do Tesouro IPCA+, que rende a carteira a uma taxa do IPCA mais um bônus. É considerado um título híbrido por considerar um bônus prefixado e um indicador pós-fixado (o próprio IPCA). 

Ainda nos títulos híbridos emitidos pelo Tesouro Direto, é possível investir no Renda+, produto de aposentadoria apresentado pelo TD. Também acompanha o IPCA mais uma taxa prefixada, com vencimentos que podem superar 50 anos. 

Atende a que tipo de perfil de investidor? 

Uma exposição em IPCA pode ser considerada por todos os perfis de investidor, dos mais conservadores aos agressivos e arrojados. As estratégias, porém, podem diferenciar. 

Pensando em estratégias de longo prazo, investir na inflação brasileira pode garantir um bom resultado de proteção e ganho. Importante frisar que, em longos períodos de tempo, até mesmo investimentos em renda fixa podem apresentar uma certa volatilidade menos interessante para o investidor mais conservador. 

No caso do investidor que possui pouca exposição em produtos mais voláteis, investimentos de curto prazo, como o Tesouro IPCA+ com vencimento em poucos anos, por exemplo, podem ser uma boa alternativa de proteção e renda da sua carteira. 

É um bom momento de investir em IPCA? 

O momento do mercado brasileiro, em junho de 2023, é de uma alta taxa de juros e uma inflação em trajetória decrescente. A Selic está em 13,75% a.a., enquanto o IPCA está em 4,18% em abril, de acordo com dados divulgados pelo IBGE. O juro real, que considera o “custo da inflação” projetada ao término do ano, está em torno de 7%. 

Considerando que alguns títulos de emissão do Tesouro Direto, por exemplo, oferecem um lucro de IPCA+ 5% ou mais, é possível obter rendimentos mais favoráveis comparados com produtos que levam em consideração a taxa Selic. 

A tendência, porém, é que a inflação continue caindo ao término do ano, de acordo com o boletim Focus do Banco Central (BC), enquanto a Selic encerre o ano em 12,50% a.a. 

Todos esses fatores precisam ser considerados na definição de uma boa carteira diversificadora. Não existe, afinal, uma “receita de bolo”, e sim estratégias diferentes que atendem a diferentes perfis de investidor. 

Por isso, é sempre recomendada a busca por um especialista que montará uma rentável estratégia de investimentos para a sua carteira. É possível, inclusive, fugir de taxas da B3 investindo em títulos públicos através do mercado secundário. Aprenda mais sobre essa possibilidade aqui

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