Entre os destaques desta semana (de 6 a 10 de novembro), apontamos a divulgação da ata do Copom nesta terça-feira (7) e do IPCA de outubro na sexta-feira (10).

Na agenda econômica internacional, há a divulgação dos dados de inflação ao consumidor e ao produtor na China e balança comercial do país, todos referentes a outubro, além dos resultados do PIB do Reino Unido no 3º trimestre do ano.

Estados Unidos: payroll não-agrícola vem abaixo das expectativas

No mês de outubro. houve uma criação de 150 mil vagas de empregos em empresas privadas (não agrícolas) no país. O dado apresenta uma queda significativa com relação ao mês anterior, quando foram criados 297 mil novos postos de trabalho.

O declínio já era esperado por conta das greves nas montadoras de veículos. Ainda assim, o número veio abaixo das expectativas dos analistas, que apontavam para 180 mil novas vagas. Quanto à taxa de desemprego, houve uma leve alta, passando de 3,8% para 3,9%.

A renda média por hora ficou em U$ 34, um aumento de 0,21% de setembro para outubro. Já a renda média na base anual ficou em 4,1%, levemente acima da expectativa de 4%..

Os números referentes ao payroll são um dos principais indicadores avaliados pelo Fed (Federal Reserve, banco central dos EUA) para a condução da política monetária do país. Por isso, os Fed Funds apontam para uma probabilidade 90,2% de manutenção dos juros americanos na reunião de dezembro.​

Brasil: ata do Copom menciona incerteza sobre cumprimento da meta fiscal

Na última quarta-feira (1º), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil decidiu por cortar a taxa básica de juros brasileira, a Selic, em 0,5 p.p. De 12,75% ao ano, ela passou para 12,25%.

As decisões das políticas monetárias do Brasil e dos Estados Unidos, somadas à divulgação dos dados do payroll, animaram os mercados globais. O Ibovespa teve alta de 4,29% na semana. No ano, o acumulado é de +7,68%. Já a curva de juros brasileira encerrou a semana com queda expressiva.

No comunicado, o Copom trouxe uma prescrição futura de corte na mesma magnitude para a reunião de dezembro, se confirmado o cenário esperado. O comitê afirma que esse é o ritmo apropriado para manter a política monetária contracionista necessária para o processo desinflacionário.

Também houve uma indicação de maior preocupação com o balanço de riscos do mercado internacional e a importância do cumprimento das metas fiscais propostas pelo governo brasileiro para a ancoragem das expectativas de inflação.

“O Comitê vinha avaliando que a incerteza fiscal se detinha sobre a execução das metas que haviam sido apresentadas, mas nota que, no período mais recente, cresceu a incerteza em torno da própria meta estabelecida para o resultado fiscal, o que levou a um aumento do prêmio de risco”, é o que menciona a ata divulgada nesta terça-feira (7).

O que vem por aí?

Terça (7): balança comercial da China e dos Estados.

Quarta (8): índices de preços ao consumidor e ao produtor da China.

Quinta (9): pedidos de seguro-desemprego nos EUA.

Sexta (10): IPCA no Brasil, confiança do consumidor Michigan nos EUA, PIB trimestral do Reino Unido.