A divulgação de indicadores relevantes para a economia mundial é o que movimenta a agenda da semana. No Brasil, a decisão do Copom na quarta-feira é o grande destaque da semana. Na agenda de indicadores, destaques ao IPCA de novembro. No cenário internacional, há decisão de juros nos Estados Unidos, Europa e Reino Unido, além de dados de inflação nos Estados Unidos, de atividade na China e PMIs nos países desenvolvidos.

Estados Unidos: Payroll indica a criação de 199 mil novas vagas de emprego, acima do esperado

Divulgados na última sexta-feira (8), dados do payroll indicaram que o país criou 199 mil vagas de trabalho fora do setor agrícola no mês de novembro, ante 150 mil em outubro. O número veio acima das expectativas dos analistas, que esperavam a criação de 190 mil vagas. Os ganhos de emprego no mês foram nos cuidados de saúde, governo e indústria de transformação,

Quanto à taxa de desemprego, especialistas projetavam estabilidade, mas houve um recuou de 3,9% em outubro, para 3,7% em novembro. Isso corresponde a 6,291 milhões de pessoas desempregadas.

Quanto à renda média por hora, houve um aumento de 0,4% no mês, chegando em US$ 34,10. No acumulado dos últimos 12 meses, o rendimento médio por hora subiu 4%.

Percebe-se, então, que os dados vieram mistos. Ainda que o crescimento na criação de empregos esteja acima das expectativas, houve uma desaceleração da taxa de desemprego. Isso não mudou a opinião do mercado quanto à manutenção da taxa de juros americana.

Europa: decisões de juros no radar

Os índices de gerentes de compras (PMI) avançaram ligeiramente em novembro, mas permanecem em território contracionista, o que reforça o sentimento de que o BCE possa manter os juros no patamar atual e antecipar um possível corte no próximo ano. Além disso, o índice de preços ao produtor (PPI) da Zona do Euro continuou em deflação em outubro.

Brasil: PIB surpreende com alta de 0,1%

Divulgado na última quinta-feira (7), o PIB brasileiro do terceiro trimestre do ano surpreendeu o mercado com uma alta inesperada. Houve um aumento de 0,1%, enquanto as projeções indicavam queda de 0,2%. Com a variação, o PIB voltou ao maior patamar da série histórica da pesquisa.

Quanto à curva de juros brasileira, os sinais mistos do mercado de trabalho americano incentivaram para que ela ganhasse força, encerrando a última semana em alta, também em linha com os rendimentos dos Treasuries.

Já a Bolsa de Valores brasileira apresentou uma queda de 0,85% na semana, depois de seis semanas consecutivas em alta, o que garante um aumento considerável de 15,82% no ano.

O que vem por aí?

Terça-feira (12): Índice de Preços ao Consumidor, no Brasil e nos Estados Unidos, além do Núcleo de Inflação americana.

Quarta-feira (13): “superquarta” com decisões sobre a taxa de juros no Brasil e nos EUA.

Quinta-feira (14): decisões sobre a taxa de juros no Reino Unido e na Zona do Euro, pedidos de seguro-desemprego nos EUA e Vendas no Varejo americano, chinês e brasileiro.

Sexta-feira (15): IBC-Br no Brasil e PMI nos EUA.