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Balanço da Semana: ata do Copom no Brasil e inflação nos EUA são os destaques

Dados importantes sobre a inflação serão divulgados esta semana nos EUA. No Brasil, atenções voltadas para a ata do Copom na terça feira, e para as medidas de aumento de arrecadação que foram aprovadas na semana passada na Câmara, e agora vão ao Senado.

Estados Unidos: primeiro corte de juros deve ocorrer em março

Em linha com as expectativas do mercado, o Comitê de Mercado Aberto (Fomc) do Federal Reserve, Banco Central do país, optou em consenso por manter a taxa básica de juros norte-americanos no intervalo de 5,25% a 5,50%.

Em coletiva de imprensa, o presidente do Fed, Jerome Powell falou sobre a terceira manutenção seguida: “Manteremos a política monetária restritiva até que tenhamos confiança de que a meta de inflação será atingida”. Disse ainda: “não é provável que voltaremos a subir juros”.

Na manhã desta terça-feira (19), 66,7% dos especialistas acreditam que o Federal Reserve irá começar seu ciclo de queda dos juros na reunião de março, com um corte de 25 pontos-base. É o que mostra o Fed Watch, do CME Group.

Brasil: Ibovespa bate máxima histórica

Também de forma unânime, O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central fez um novo corte de 0,50 ponto percentual na taxa básica de juros. Foi o quarto corte consecutivo de mesma magnitude, o que fez com que a Selic encerrasse o ano no patamar de 11,75%.

O corte nos juros brasileiros ainda trouxe um comunicado com tom “hawkish”, destacando uma preocupação com os balanços de risco nos mercados internacionais, bem como o compromisso fiscal 2024 para ancoragem das expectativas de inflação.

Nesse contexto, a manutenção dos juros americanos e um comunicado com tom “dovish”, contribuíram para que a curva de juros brasileira encerrasse a semana em queda, em linha com os rendimentos dos Treasuries.

 

Fonte: Valor Pro (2023)

Outro dado econômico brasileiro relevante divulgado na última semana foi o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que registrou uma alta de 0,28%.

A inflação de novembro veio acima da taxa de 0,24% registrada em outubro, mas abaixo da expectativa do mercado (0,30%). No acumulado dos últimos 12 meses, a alta foi de 4,68%, ante 4,82% até o mês anterior. A expectativa era de 4,70%. Entre as altas, destaque para alimentos e bebidas (0,63%) e passagens Aéreas (19%). Nas quedas, artigos de residência (-0,42%) e vestuário (-0,35%).

A difusão desacelerou de 52,5% (outubro) para 51,7% (novembro), mostrando que a inflação se espalhou menos pelo país. O núcleo também desacelerou.

Fonte: Valor Pro (2023)

Na última quinta-feira (14), a bolsa brasileira atingiu o maior patamar da história ao chegar aos 130.842,09 pontos, batendo os 130.776,27 alcançados em junho de 2021. Com o desempenho, o índice fechou a semana em alta de 2,95%. No ano, a alta é de 19,24%.

As decisões de política monetária do país, dos Estados Unidos e da Europa, assim como o IPCA abaixo das expectativas, foram os principais catalizadores para a performance positiva.

Fonte: Valor Pro (2023)

Aviso

Devido ao recesso de final de ano, o Cenário da Semana retorna em 08/01/24.

O que vem por aí?

Dia 19, terça-feira: ata do Copom no Brasil, alvará de construção nos Estados Unidos e divulgação da taxa de juros de 1 e 5 anos na China.

Dia 20, quarta-feira: índice de atividade econômica no Brasil e índice de preços ao consumidor no Reino Unido.

Dia 21, quinta-feira: PIB e pedidos de seguro-desemprego dos Estados Unidos.

Dia 22, sexta-feira: renda pessoal, índice de preços (PCE), gastos pessoais, encomendas de bens duráveis, núcleo do índice de preços (PCE) e sentimento do consumidor Michigan.

Dia 28, quinta-feira: IGP-M e IPCA-15 no Brasil, além de pedidos de seguro-desemprego e payroll nos EUA.

Dia 29, sexta-feira: PMI Chicago.

Dia 30, sábado: PMI Industrial da China.