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Balanço da Semana: destaque para os dados de inflação no Brasil, nos Estados Unidos e na China

A agenda econômica começou vazia, mas ganha relevância a partir de hoje.

Destaque para o índice de preços ao consumidor dos Estados Unidos na quinta-feira, que deve manter o mercado cauteloso até a sua divulgação.

Durante a semana, também serão publicadas as inflações de mercados emergentes, como o Brasil, e de mercados desenvolvidos, como a China.

Também é importante ficar atento aos discursos dos dirigentes do Fed sobre a condução da política monetária americana, que se encerram na quarta, e à divulgação da balança comercial da China, na sexta.

Estados Unidos: relatório de emprego impacta mercados globais

Segundo dados do payroll, o país criou 216 mil vagas de trabalho fora do setor agrícola no mês de dezembro, bem acima das expectativas (170 mil). No mês anterior, a criação de novos postos fechou em 199 mil. Já a taxa de desemprego se manteve estável em 3,7% (0,1% abaixo das projeções).

Quanto à renda média por hora, a alta foi de 0,4% em dezembro ante novembro, fechando em U$ 34,27. A renda média na base atual ficou em 4,4%, acima da expectativa de 3,9%.

Fonte: Valor Pro (2023)

O ADP, pesquisa de iniciativa privada que funciona como uma proxy do payroll, também reforçou a perspectiva de um mercado de trabalho americano resiliente e aquecido.

Os dados das pesquisas de geração de emprego podem estar indicando uma demanda aquecida por mão de obra nas empresas. Isso tende a aumentar o salário nominal, que resultaria em um possível aumento da inflação.

Essa percepção fez com que os Fed Funds perdessem força. Para a reunião de março, a expectativa de corte caiu para 60,9%.

Brasil: Ibovespa renova máxima histórica

Em dezembro, a bolsa brasileira renovou sua máxima histórica ao subir e seguir a tendência dos mercados globais após comunicado dovish do Fed. O fluxo de investidores estrangeiros também sustentou a alta, com um superávit de R$ 17,46 bilhões no mês e de R$ 44,85 bilhões no ano.

Fonte: B3 (2023)

Na primeira semana de 2024, o índice fechou em queda de -1,61%, em função do payroll acima das expectativas e da piora na percepção fiscal brasileira.

Fonte: Valor Pro (2023)

A agenda vazia nos últimos dias do ano de 2023 contribuiu para que os indicadores do mercado de trabalho americano tivessem grande impacto na nossa curva de juros, que ganhou força e ficou em linha com as Treasuries, títulos do Tesouro norte-americano.

Fonte: Valor Pro (2023)