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Estamos no fim da era CDI? O que isso impacta na sua carreira?

  

ilustração de homem olhando o horizonte

Não é novidade que a taxa básica de juros no Brasil vem caindo nos últimos anos. Saímos de uma SELIC de 14,25% para 6,5%. Alguns analistas acreditam que exista espaço para novos cortes de juros ainda neste ano, embora não tenha sido sinalizado essa possibilidade na última reunião do Copom.

O impacto disso nas aplicações financeiras, principalmente nos ativos de renda-fixa, é grande. O CDI, principal indexador desse tipo de aplicação acompanha a queda de juros. Me recordo que a alguns anos assisti uma palestra de um executivo influente no mercado financeiro e o mesmo fez a seguinte colocação:

“Nada vence o CDI ao longo prazo”.

Essa frase ficou na minha cabeça, pois embora eu sempre tenha sido entusiasta com renda variável, não havia como negar que os altos níveis de juros praticados no Brasil deixavam as aplicações tradicionais de renda-fixa muito atrativas frente às outras alternativas disponíveis no mercado. Com tudo, o cenário hoje é diferente. Aquelas opções de investimentos conservadoras que entregavam 1% ao mês, ou até mais, hoje não apresentam o mesmo retorno. Isso estimulou que os investidores procurassem formas mais sofisticadas para diversificar os seus investimentos e consequentemente fez com que a demanda por especialistas focados no assunto aumentasse.

O impacto desse movimento nos profissionais do mercado financeiro é notável. Acompanhando os diversos investidores que vêm optando por trocar os bancos tradicionais por ‘’arquiteturas abertas’’ que possibilitam uma maior diversidade de produtos para aplicar o seu dinheiro, os profissionais do mercado financeiro também estão deixando carreiras em grandes bancos para poder oferecer melhores opções de investimentos aos seus clientes e ter a liberdade de prestar um serviço mais próximo, através de corretoras ou estruturas semelhantes.

Um cenário muito parecido com esse aconteceu nos Estados Unidos na década de 80 e quem aproveitou para posicionar-se como especialista em investimentos e conseguiu criar uma relação mais sólida com os seus clientes acabou por ter bastante sucesso.

O brasileiro ainda carece de informações a cerca de investimentos e ao que tudo indica estamos vivendo um período muito semelhante ao citado acima no nosso país. Tenho convicção que é o momento para realizar esse tipo de transição. Quem acompanhar essa mudança tende a traçar uma carreira promissora como assessor de investimentos e ajudar muitas pessoas a investirem melhor o seu dinheiro.