Essa é sem dúvidas uma boa quantia de dinheiro e quem já conseguiu conquistar seus primeiros R$100.000,00 em algum momento precisará montar uma carteira de investimentos diversificada. Na hora de compor uma carteira, é muito importante entender os ativos que farão parte dela e saber se os mesmos estão de acordo com as suas necessidades e o seu perfil de investidor. Montar uma carteira de investimentos não é uma tarefa assim tão fácil e necessita muito estudo ou da ajuda de profissionais qualificados.
No entanto, iremos abordar aqui três exemplos de carteiras de investimentos possíveis com a quantia de R$100.000,00 sendo a primeira delas destinada a um indivíduo mais conservador, outra para um investidor moderado e a última para aquele mais agressivo.
Vale lembrar que com a quantia de cem mil reais é muito importante fazer uma escolha minuciosa dos ativos que vão compor a carteira, para trazer ao investidor não só rentabilidade mas também conforto e segurança.
CARTEIRA CONSERVADORA (100K)
Nessa carteira, selecionamos ativos com menor risco possível para investidores que têm pouco ou nenhum apetite para risco. Assim, serão selecionados aqueles ativos com menor risco do mercado mas que mesmo assim trarão uma boa rentabilidade.
Vale lembrar que existem diversas formas de você montar sua carteira de investimentos, tudo vai depender do seu perfil e objetivos.
Temos na tabela acima um exemplo de carteira conservadora para um indivíduo que não tenha muito apetite para risco. Para esse perfil foi sugerido:
Ativos prefixados de longo prazo (25%): Ativos prefixados e com vencimento longo tendem a ter uma rentabilidade mais atrativas frente aos de curto prazo e nesse caso, no momento da compra, o investidor sabe quanto vai ganhar.
Ativos pós-fixados de Longo prazo (25%): Os ativos pós de longo prazo tendem a ser também uma boa opção, principalmente quando a expectativa é de alta da taxa de juros. No entanto, é importante ter sempre um percentual na carteira.
Ativos ligados a inflação (20%): Os ativos ligados a inflação tem o objetivo de manter o valor do dinheiro mesmo com a passagem do tempo e ainda entregar uma rentabilidade sobre o capital investido.
Ativos de curto prazo (15%): Apesar de não ter uma rentabilidade tão alta se comparado com ativos de vencimento mais longo é importante ter como parte da diversificação de uma carteira, aproveitando as oportunidades de curto prazo.
Liquidez imediata (15%): Esses ativos funcionam como uma reserva de emergência, aquele dinheiro que você pode precisar caso algo não saia conforme o planejado. O principal objetivo dessa aplicação é suprir alguma despesa imprevista que pode acontecer em qualquer momento da sua vida.
CARTEIRA MODERADA (100k)
A carteira moderada tem como objetivo principal levar proteção e também rentabilidade ao investidor. Portanto, ela deve ser composta com equilíbrio entre ativos de risco alto, moderado e baixo.
Nessa carteira ocorre a divisão basicamente de 60% em RF e 40% em ativos de renda variável.
Renda fixa de longo prazo (30%): compondo a parte mais conservadora da carteira, mas sem renunciar a uma boa rentabilidade.
Renda fixa de curto prazo (15%): parte do capital destinada para oportunidades de curto prazo, pode funcionar também como uma reserva para oportunidades.
Liquidez imediata (15%): sempre disponível para suprir eventuais imprevistos onde o investidor precisará de dinheiro de forma rápida.
Ações Brasil (25%): compõe a parte de renda variável, onde o investidor se tornará sócio das maiores empresas do Brasil.
Moedas (5%): apesar de ser renda variável, em momentos de crise moedas fortes podem defender uma carteira de investimentos, sendo uma ótima opção para um portfólio eficiente em ambos os cenários.
Ações EUA (10%): Percentual destinado a empresas americanas, lembrando que os países mais desenvolvidos acabam tendo empresas mais sólidas e existem formas fáceis do investidor se expor a essas grandes empresas.
CARTEIRA AGRESSIVA (100K)
Essa carteira é onde muitas pessoas acabam errando no momento da composição, deixando uma carteira extremamente frágil quando se fala em proteção.
No entanto, mesmo com ativos de renda variável é importante pensar em momentos difíceis e montar uma carteira que dê não só rentabilidade, mas também, tranquilidade em momentos de pânico.
A carteira agressiva tem a maior parte do seu patrimônio em renda variável.
Renda fixa curto prazo (15%): pode ser ativos de curto ou longo prazo, essa alocação trará um pouco de proteção para a carteira.
Liquidez imediata (15%): percentual disponível para eventuais imprevistos e pode também ser utilizado para oportunidades de curto prazo.
Ações Brasil (20%): compondo a parte de renda variável com ações blue chips e small caps de forma bem diversificada e podendo ser através de ações e fundos.
Fundos Imobiliários (10%): ativos com dividendos periódicos que ajudam na diversificação da carteira trazendo uma boa rentabilidade.
Multimercado (5%): ativos que possibilitam exposição aos mais diversos países e também produtos, taxas de juros, câmbio, ações etc.
Ouro (8%): serve como proteção em momentos de incerteza, além de ser um ativo que já se mostrou forte e atravessou diversas crises ao longo dos anos.
Estruturadas (5%): possibilitando se expor a diferentes produtos, até mesmo com capital garantido.
Moedas (7%): as moedas assim como o ouro trarão proteção em determinados momentos para sua carteira, e em momentos difíceis poderão defender sua carteira de quedas agudas.
Ações EUA (15%): percentual com exposição a uma das maiores economias do mundo e com as maiores empresas do mundo.
CONCLUSÃO
Independente do seu perfil de investidor é importante que você entenda os produtos, ou conte com a ajuda de um profissional para estabelecer uma distribuição correta de acordo com suas necessidades e de forma totalmente personalizada.
Vale lembrar que ao construir uma carteira de investimentos existem três pilares que você deve levar em consideração: Segurança, liquidez e rentabilidade.
Portanto, independente se o seu patrimônio for de 100 mil ou 1 milhão monte uma carteira que lhe traga conforto independente do momentos em que o mundo se encontra.
Róger Morais
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