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Retrospectiva 2021: os principais acontecimentos que impactaram o mercado financeiro

A chegada de um novo ano é um momento para rever o que aconteceu no período e fazer novos planos. No caso dos investidores, a retrospectiva do mercado financeiro em 2021 ajuda a entender o que esperar em 2022.

Afinal, muitos dos movimentos ocorridos ao longo desses 12 meses podem ter reflexos nos anos seguintes. Logo, é a sua chance de estar mais preparado para identificar e aproveitar oportunidades do mercado.

Quer descobrir quais foram os principais acontecimentos do mercado financeiro em 2021? Confira a retrospectiva com os fatos mais importantes e saiba como se planejar para 2022!

Retrospectiva do mercado financeiro em 2021

O mercado financeiro passou por grandes movimentações durante 2021. A seguir, veja a lista com os pontos mais relevantes!

Efeitos da pandemia e da vacina no mercado

O ano de 2021 foi afetado de diversas formas pela continuidade da pandemia de coronavírus. Em janeiro, por exemplo, a vacinação teve início no país e trouxe perspectivas de melhoria no cenário.

Contudo, ainda no primeiro trimestre, a segunda onda da pandemia causou impactos significativos, com a média superando 3 mil óbitos diários. Isso diminuiu as expectativas de retomada completa naquele momento. Porém, a vacinação avançou em todo o Brasil, ajudando a flexibilizar parte das restrições.

Já em novembro, uma nova variante — nomeada ômicron — foi descoberta. Considerada mais transmissível que as outras cepas, a variante levou a um aumento no número dos casos de covid-19 — principalmente na Europa e nos Estados Unidos, gerando apreensão no Brasil.

Inflação e juros elevados

O ano também foi marcado por uma elevação em dois indicadores financeiros importantes: no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e na taxa Selic.

O IPCA, que é a taxa oficial de inflação do Brasil, cresceu acima da meta definida pelo Banco Central. Em novembro de 2021, o avanço foi de 0,95%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 12 meses, o acumulado foi de 10,74%.

Em parte, esse crescimento foi fomentado pela menor oferta de produtos, considerando as paralisações da pandemia. Também pesaram para o incremento a alta do dólar, a disparada no preço da gasolina e os ajustes na conta de luz.

Como forma de conter o avanço inflacionário, o Comitê de Política Monetária (Copom) aumentou a taxa de juros ao longo de suas reuniões durante o ano. No último encontro, em dezembro de 2021, a Selic ficou definida em 9,25% ao ano — o maior patamar desde 2017.

Por um lado, a inflação maior afetou a rentabilidade real dos investimentos. Já o aumento da Selic tende a favorecer o rendimento dos títulos de renda fixa.

Volatilidade do mercado

Na retrospectiva de 2021, também é possível notar que o mercado passou por um alto nível de volatilidade. Em janeiro, o Ibovespa — maior índice acionário do mercado brasileiro — fechou em pouco mais de 115 mil pontos. No final de novembro, entretanto, estava na faixa dos 101 mil pontos.

No geral, a bolsa de valores experimentou os efeitos de uma nova crise, com queda de muitos de seus ativos, gerando mais volatilidade. Em parte, os resultados foram influenciados por turbulências políticas — como a intervenção do Governo e demissão do presidente da Petrobras — e também por questões internacionais — como medidas econômicas adotadas nos Estados Unidos.

IPOs e interrupções de pedidos de ofertas

Com a retomada parcial da economia e perspectivas mais positivas, houve um recorde de ofertas públicas iniciais (IPOs) na bolsa brasileira. No ano, ao menos 45 empresas estrearam na bolsa, movimentando mais de R$ 64 bilhões. O montante foi maior que os R$ 55 bilhões obtidos em 2007 — ano da última explosão de IPOs.

Contudo, a degradação das condições de mercado interrompeu os planos de diversas empresas que se preparavam para estrear na B3, a bolsa brasileira. O ano contou com mais de 55 IPOs interrompidos ou cancelados — número superior ao de ofertas realizadas.

Risco fiscal

Se você acompanhou as notícias do mercado financeiro durante o ano, deve ter notado que o risco fiscal foi um assunto frequente. O tema ganhou destaque especialmente a partir do segundo semestre, com a discussão da PEC dos Precatórios.

A emenda, que foi aprovada em dezembro, tinha como objetivo disponibilizar recursos orçamentários para a criação do Auxílio Brasil, em substituição ao Bolsa Família. Por mexer no teto dos gastos, a medida causou impactos na percepção de mercado.

Outras notícias envolvendo reajustes salariais e gastos fora do teto também fizeram com que o mercado ficasse em alerta.

Alta dos criptoativos

Enquanto diversos investimentos tradicionais sofreram quedas em 2021, o mercado de criptoativos observou altas. O bitcoin, a principal moeda digital do mercado, atingiu alta histórica e chegou a ser negociada a 68 mil dólares em novembro.

Além disso, o ano foi marcado pela popularização dos tokens não-fungíveis, conhecidos como NFTs. Em todo o mundo, o mercado de NFTs movimentou mais de 27 bilhões — considerando apenas os dados de 2021.

Planeje-se para 2022!

Além de considerar a retrospectiva de 2021 do mercado financeiro, é importante pensar em 2022 e se planejar para investir melhor. Porém, antes mesmo de avaliar as tendências, é essencial conhecer seu perfil de investidor e segui-lo em suas decisões.

Então, antes de investir na bolsa em 2022, por exemplo, pense se você tem tolerância ao risco de investir na renda variável. Assim, você não se arrisca além do que consegue tolerar e garante maior alinhamento eu suas escolhas de investimento.

Também é necessário estabelecer seus objetivos financeiros de curto, médio e longo prazo. Desse modo, é possível montar uma carteira adequada às suas necessidades.

Além disso, para 2022, permanece sendo relevante montar sua reserva de emergência e investi-la em aplicações seguras e líquidas. Desse modo, você pode fazer os resgates em caso de imprevistos, o que ajuda a manter o orçamento equilibrado, mesmo diante de crises.

Também existem duas características especialmente necessárias para a sua estratégia: disciplina e inteligência emocional. A primeira permite que você faça aportes frequentes, o que ajudará seu patrimônio a avançar.

Já a inteligência emocional é importante para tolerar as movimentações do mercado e para aguardar os resultados da sua estratégia. Se decidir investir na crise, por exemplo, controlar as suas emoções é um aspecto fundamental para o seu sucesso.

Após acompanhar a retrospectiva do mercado financeiro em 2021, você passou a conhecer os movimentos mais significativos do último ano e seus impactos na economia e nos investimentos. Com uma estratégia alinhada às suas características e um bom planejamento, você poderá identificar e aproveitar oportunidades para investir.

Este artigo foi útil para você? Se quiser apoio para investir em 2022 e nos próximos anos, fale conosco da Messem Investimentos e conte com a nossa assessoria!

 



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