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Risco sistemático e não sistemático: o que são e como se proteger?

Avaliar os riscos envolvidos nos investimentos é essencial para fazer os seus aportes de maneira consciente. Entre eles, estão o risco sistemático e o não sistemático — e ambos têm um papel relevante nos resultados do seu portfólio.

Para diminuir os impactos desses riscos, é importante entender como eles se relacionam ao mercado e quais fatores os influenciam. Além disso, vale a pena entender como montar uma carteira e adotar estratégias que aumentem a proteção dos seus investimentos.

Neste artigo, você aprenderá as diferenças entre risco sistemático e não sistemático e como lidar com eles. Confira!

O que é risco sistemático?

Ao pensar em riscos relacionados aos investimentos, é comum pensar no risco de mercado. Porém, ele também é conhecido como risco sistemático, pois tende a afetar todo o mercado de uma só vez.

Pensando no conceito, é possível dizer que o risco sistemático está relacionado à volatilidade geral do sistema econômico. Quanto mais frequentes ou mais intensas forem as oscilações de preço, por exemplo, maior tendem a ser a volatilidade e o risco de mercado.

Além disso, o fato de o risco ser sistemático faz com que ele afete boa parte ou todo o setor financeiro ao mesmo tempo. É o que ocorre quando uma crise acontece ou quando ocorrem mudanças significativas no mercado.

Em um contexto interno, o risco sistemático pode se concretizar devido a uma crise política ou como resultado da alteração nas taxas de juros ou na inflação, por exemplo.

Se a Selic — que é a taxa básica de juros da economia — aumenta, a renda fixa tende a se tornar mais atraente, já que a classe de investimentos oferece menos riscos. Além disso, o desempenho dos títulos depende da taxa de juros — tornando a renda variável menos atrativa. Esse movimento pode levar a uma queda nos preços dos ativos no mercado de capitais.

Ainda, o risco sistemático pode acontecer em nível global. Foi o caso da crise do mercado imobiliário norte-americano de 2008. Na época, a falência de instituições financeiras desencadeou um colapso, que acabou atingindo boa parte dos mercados mundiais.

Também foi o que aconteceu na pandemia de covid-19 e diante da guerra entre Rússia e Ucrânia, por exemplo. Perceba que todas essas situações representam cenários em que a economia é afetada por completo, gerando o risco que impacta todo o sistema financeiro.

Qual é a diferença entre risco sistemático e não sistemático?

Agora que você conhece o risco sistêmico ou de mercado, é importante saber o que o distingue do risco não sistemático. Nesse caso, o risco está associado a apenas uma porção do setor econômico, pois ele é localizado e não se relaciona com todo o sistema.

É o que acontece quando um setor sofre com uma volatilidade maior, em comparação a outros segmentos. Uma estiagem histórica, por exemplo, pode impactar diretamente o desempenho de empresas ligadas ao agronegócio. Com isso, as ações relacionadas ao setor tendem a ser afetadas.

Ao mesmo tempo, outros segmentos — como a construção civil ou o mercado de varejo — podem não sofrer efeitos nesse período. A situação também pode afetar individualmente um ativo — e não todo o setor.

É o que ocorre quando uma empresa divulga resultados abaixo do esperado e as ações caem, por exemplo. Esse contexto não afeta diretamente os concorrentes. Portanto, não se trata de um risco que se propaga para outros ativos do mercado ou mesmo para todo o sistema econômico.

Como se proteger desses riscos ao investir?

Após descobrir o que é o risco sistemático e o risco não sistemático, vale a pena entender como se proteger deles. Dessa forma, você pode investir com mais segurança, alinhando sua estratégia às suas características, como o seu perfil de investidor e objetivos financeiros.

Porém, é preciso saber que só é possível diversificar o risco não-sistemático. Isso porque o risco sistêmico é considerado não diversificável (ao menos não totalmente), já que ele abrange todo o sistema financeiro.

Não há como mitigar todos os riscos de um conflito bélico como a guerra entre Rússia e Ucrânia ou uma pandemia. Ainda, não é viável interferir nos indicadores econômicos (como a taxa Selic) ou no comportamento do mercado, por exemplo. Portanto, seu foco deve estar no risco não sistemático.

A seguir, confira dicas que podem ajudá-lo a tomar decisões em busca de proteção para o seu portfólio!

Diversifique a carteira

Uma das principais dicas para se proteger dos riscos é a diversificação de carteira. Ela consiste em escolher ativos do mercado que apresentem riscos diferentes, o que auxilia a evitar as perdas causadas por uma concentração no mesmo investimento ou setor.

Ao criar uma carteira diversificada, o risco não sistemático tende a causar um impacto menor nos seus resultados. Se você investir em ações de diversas empresas e setores, por exemplo, corre menos riscos caso um dos segmentos presentes em sua carteira passe por dificuldades.

Além disso, não investir apenas em ações — aportando também em outras alternativas — evita a dependência do mercado acionário e de suas flutuações. Como consequência, é possível diminuir parte dos riscos desse tipo de aporte.

Ao mesmo tempo em que a diversificação é importante, você deve ter atenção para não pulverizar seu dinheiro. Isso acontece ao investir em ativos, aplicações ou modalidades que, aparentemente, são diferentes — mas guardam uma relação direta.

Nessas situações, você ainda terá a concentração da carteira. Para entender melhor, é preciso conhecer os efeitos da correlação entre os aportes. Quando ela é positiva, significa que os investimentos se movimentam de maneira parecida diante das mesmas condições de mercado.

Já uma correlação negativa demonstra que os investimentos seguem em direções opostas. Em uma descorrelação, por sua vez, o comportamento de ambos não está relacionado. Portanto, a verdadeira diversificação depende da escolha de investimentos descorrelacionados ou com correlação negativa.

Tenha apoio profissional

Para lidar com os riscos do mercado e adotar práticas para mitigá-los, você pode buscar ajuda profissional. Nesse caso, é interessante contar com uma assessoria de investimentos. Os assessores são profissionais certificados para atuar no mercado financeiro.

Assim, eles podem apresentar investimentos disponíveis no mercado, suas características e os riscos envolvidos. Com esse suporte, há como entender melhor os impactos de cada investimento no seu portfólio e quais podem ser as melhores alternativas para se proteger dos diferentes riscos do mercado.

Com base neste artigo, você descobriu o que é risco sistemático e risco não sistemático e como eles se diferenciam. Então vale a pena considerar a aplicação das estratégias apresentadas para se proteger e buscar os melhores resultados para sua carteira.

Precisa de ajuda para lidar com esses e outros riscos? Fale conosco da Messem Investimentos e aproveite o suporte dos times de assessores!

 



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